Uma parte importante e essencial para segurança tanto do veículo quanto das pessoas ao redor são os faróis automotivos. Entenda a história dessa peça e conheça um pouco mais sobre os diferentes tipos disponíveis no mercado.

Desde os tempos das carruagens do século XIX, com o surgimento das lanternas a querosene, parafina ou a óleo, os faróis deram grandes saltos de desenvolvimento.

Se no início do século XX os primeiros carros chegaram a ser equipados com velas, de alcance médio de apenas 3 metros, pouco mais de 100 anos depois os faróis chegaram ao laser, capaz de iluminar até 600 m à frente, de maneira inteligente.

Pequeno histórico

A história dos faróis automotivos começa timidamente, com pequenas lanternas a querosene ou a parafina, transportadas das próprias carruagens ainda em uso.

Com iluminação precária, as montadoras buscaram inspiração nas ruas para uma fonte mais eficiente de luz para os faróis. A iluminação urbana do período era realizada com lâmpadas de gás acetileno, que passou, então, a equipar os automóveis.

A mudança quadruplicou o alcance da iluminação, de 3 para 12 metros, que só na década de 20, com a chegada das lâmpadas incandescentes, energizadas via eletricidade, foi ampliada para aproximadamente 18 metros de distância.

Na década de 40, com a chegada dos faróis selados (sealed beam, conhecidos no Brasil como silibim), em que lâmpada, refletor e vidro formavam uma peça só, os faróis chegavam, finalmente, à casa dos 56 metros de alcance, aumentando a segurança na rodagem, principalmente diante de curvas.

As lâmpadas utilizadas hoje

Anos mais tarde as lâmpadas de descarga de gás revolucionaram o segmento. Enquanto na década de 60 a lâmpada de halogênio chegava ao mercado, tornando-se, já na década seguinte, a lâmpada predominantemente utilizada no Europa (e depois no mundo), na década de 90 surgia o farol de xenônio, com filamentos mais resistentes e luz intensa, subido o alcance da iluminação para os 120 metros de distância.

De lá para cá outras novidades foram surgindo e desde 2004 o LED passou a equipar os faróis dos automóveis, aumentando a eficiência energética, segurança (com feixes direcionais), bem como as possibilidades em design.

Atualmente, o que há de mais moderno no setor é o farol a laser e as lanternas Oled (organic led), em que a camada de emissão eletroluminescente é um filme orgânico. Vamos abordar essas tecnologias em uma próxima oportunidade, em matéria especial sobre as lâmpadas automotivas mais utilizadas.

Por enquanto, vamos compreender os tipos de luzes e faróis encontrados nos carros atualmente.

Tipos de luzes e faróis

A condução é recheada de sinais e luzes importantes para o tráfego de veículos e pedestres em segurança. Os faróis fazem parte dessa estrutura, cada tipo com sua utilidade e função.

A intensidade da luz, se diurna, baixa ou alta, assim como o acionamento dos faróis de milha, neblina ou convencional, todos representam uma necessidade respaldada pela legislação.

Intensidade

DLR e lanterna

Desde 2011 quando sua implantação passou a se tornar obrigatória para os veículos novos comercializados na União Europeia, as luzes de circulação diurna ou DRL passaram a se tornar cada vez mais comuns. Essas luzes se acendem automaticamente e aumentam a visibilidade do veículo, especialmente em locais ou situações com luminosidade reduzida.

É importante ressaltar que a DRL se diferencia da lanterna (luz de posição). Esta foi projetada apenas para indicar a presença do veículo, delimitando sua largura, entretanto é pouco eficiente para a segurança, mesmo na circulação urbana. Já a DRL, de tonalidade mais branca e intensidade maior é notadamente eficiente para segurança, diminuindo a ocorrência de acidentes entre carros e de carros e pedestres ou ciclistas, segundo testes já realizados.

Luz baixa e farol alto

A intensidade da luz aumenta ainda mais quando a luz baixa é acionada. A luz baixa é aquela que utilizamos normalmente durante a noite, bem como para passar em túneis e, mais recentemente, para trafegar em rodovias, mesmo no período diurno (nova legislação).

A luz baixa é uma luz mais intensa que a lanterna, já que ilumina alguns metros à frente, mas menos intensa que o farol alto, uma vez que apresenta mínimo poder de ofuscamento do condutor que transita em direção oposta.

                          Leia também: Novas tecnologias: faróis do futuro conversarão com motoristas e pedestres

Já a luz alta é a mais intensa, com alcance maior, assim como maior poder de ofuscamento do condutor em sentido oposto e, por isso, só tem sua utilização autorizada por lei, nas vias sem iluminação (exceto ao cruzar outro veículo) ou, de maneira intermitente, para alertar ao motorista da frente de eventual ultrapassagem ou indicar a existência de risco à segurança dos veículos que circulam em sentido contrário.

Fora dessas situações, a luz alta não deve ser utilizada, evitando-se, assim, o comprometimento da segurança dos demais condutores e dos pedestres através do ofuscamento.

Espécies de faróis

Entre as diferentes espécies de faróis vamos encontrar os convencionais, ou principais, além dos faróis de milha e de neblina, ambos auxiliares.

Farol convencional

O farol convencional é a principal fonte de iluminação do veículo. Ele pode conter as luzes diurnas (DRL) ou não, além de tradicionalmente ser equipado com os modos lanterna, farol baixo, farol alto (já mencionados) e pisca-alertas.

Sua tecnologia e estrutura podem ser de diferentes tipos, cada uma com uma lâmpada diferenciada.

Atualmente, as lâmpadas mais utilizadas ainda são as halógenas, mas outras opções caminham para uma participação mais expressiva no mercado, como é o caso do LED.

Faróis de milha

De acordo com a Resolução 227/07 do CONTRAN, o farol de milha é um farol adicional, com um facho de luz concentrado, de alta intensidade e alcance, semelhante ao farol de luz alta, destinado a auxiliar a iluminação à distância e à frente do veículo.

Como a própria definição alerta, a intensidade do farol de milha se assemelha ao farol convencional em luz alta, podendo causar ofuscamento e desconforto aos outros condutores. É por isso que eles devem cumprir todas as exigências da lei quanto à temperatura e tipo das lâmpadas, potência e situações de acionamento permitidos.

A mesma Resolução prevê que a cor dos faróis de milha será branca e que sua utilização somente é permitida quando também estiverem acionados os faróis principais de luz alta. Além disso, a intensidade máxima em operação do conjunto de faróis principais de luz alta e faróis de milha não deve superar 340.000 candelas (medida de intensidade da luz).

Faróis de neblina

Como o nome indica, o farol de neblina é aquele utilizado em situações de nevoeiro, neblina, cerração e até mesmo tempestades.

Sua função primordial é auxiliar o motorista a enxergar o espaço logo à frente do veículo quando há baixa visibilidade.

Com lâmpadas de intensidade mais fraca e menor alcance, o farol de neblina pode ter a coloração branca ou amarela e deve ser instalado nas medidas determinadas pela Resolução 227 do Contran, para que execute corretamente sua função de iluminar a pista abaixo da neblina.

Não há proibição expressa do Código de Trânsito sobre sua utilização fora das circunstâncias apontadas, mas vale o lembrar que, ao contrário do que muitos condutores pensam, ele não substitui o farol baixo (luz de posição), exigido para o tráfego à noite, por túneis e em rodovias.

 

Fonte: http://blog.carlider.com.br/2017/01/11/farois/

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