Que a tecnologia automotiva é uma verdadeira mão na roda nós já sabemos bem. Oferecendo facilidades que vão desde a estética até a segurança, é difícil resistir às praticidades que o mercado pode oferecer. Uma dessas inovações, não é tão nova assim, mas com certeza dá uma boa ajuda no bolso: o sistema Start-Stop.
O sistema Start-Stop foi criado na década de 1970 como forma de economizar combustível e reduzir emissões, mas se popularizou há poucos anos. O recurso evoluiu a partir dos anos 1990, com o aprimoramento da eletrônica nos sistemas de alimentação e gerenciamento dos motores.
O desenvolvimento de baterias, componentes eletrônicos e motores de arranque capazes de suportar o trabalho do Start-Stop também contribuíram significativamente para a otimização e, consequentemente, aplicação em massa do sistema em carros mais novos.
Apesar disso, o recurso ainda gera dúvidas sobre a sua eficiência e, principalmente, se compromete a durabilidade da parte eletrônica do veículo. Para sanar essas dúvidas, consultamos Newton Santos, gerente de Engenharia de Aplicações e Projetos da BorgWarner, empresa que fabrica e fornece o sistema para os principais fabricantes.
O ar-condicionado para de funcionar? Verdade
De acordo com Santos, o Start-Stop interrompe o funcionamento do compressor do ar-condicionado, mas o sistema de ventilação do carro segue em funcionamento. Como o ar dentro da cabine ainda está gelado, a temperatura fria dentro do habitáculo é mantida até o ar-condicionado voltar a funcionar.
Reduz a vida útil da bateria? Mito
Não. Segundo o especialista, a bateria dos carros equipados com o Start-Stop tem uma capacidade maior de carga para realizar as partidas e suportar o sistema. Além disso, o recurso não funciona com o motor frio, contribuindo para a vida útil da bateria.
A bateria é mais cara? Verdade
Sim, a bateria para carros com Start-Stop é mais cara. Como possui maior corrente (chamada popularmente de amperagem) para fornecer carga para todo o sistema, o componente chega a custar seis vezes mais que uma bateria convencional, dependendo da especificação.
O motor de arranque tem vida útil menor? É mais caro? Mito e verdade
O componente não é prejudicado pela funcionalidade porque é desenvolvido para suportar o sistema.
Um motor de partida convencional suporta em média 50 mil partidas, enquanto o componente próprio para Start-Stop permite que o veículo seja ligado entre 250 mil e 300 mil vezes.
Por ser redimensionado, o motor de arranque de carros com Start-Stop pode custar entre 20% e 30% mais caro que um convencional.
Pode causar algum problema? Mito
A princípio não, pois todo o sistema eletrônico do veículo é feito para suportar o Start-Stop. Tanto é que quando o motor está frio, a bateria descarregada e a ventilação está na velocidade máxima, o recurso não funciona, explica Santos.
Dá para instalar em carro que não tem? Verdade
O especialista diz que é possível instalar, porém, é inviável porque diversos componentes eletrônicos do carro têm de ser trocados. Alternador, bateria, central eletrônica, motor de partida e os sensores que fazem a comunicação do sistema precisam ser substituídos, inviabilizando a adaptação.
Economiza combustível? Verdade
A economia de combustível varia entre 5% e 10%. Mas Santos explica que a eficiência depende do ciclo de uso do veículo e do perfil de condução do motorista.
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